segunda-feira, junho 04, 2012

O Príncipe Encantado pode ficar para a Cinderela


Não quero um príncipe encantado. Não sei que vos diga, não quero. Parece-me demasiado aborrecido. Não precisa de ser perfeito, de dizer sempre as coisas certas, de vir em meu socorro e de encontrar o meu sapatinho de cristal. É que eu nem sou de sapatos de cristal ou de histórias de princesas. Ainda se falassem de sapatilhas... Não quero os grandes gestos, as flores, as vénias e os chocolates. Bem... os chocolates podem ficar, mas as flores, deixem-nas no jardim. Não tem de dançar valsas comigo e de me rodopiar pelo salão. É que voltas e voltas deixam uma pessoa zonza, e eu quero estar bem lúcida quando olhar para ele. Não precisa de ter um cavalo... mas se tiver, aí não sou intransigente. Aceito-o a ele e ao cavalo. Não quero que me abra as portas: do carro, de casa, seja de onde for. Não quero que me puxe a cadeira para sentar. Eu pratico muito desporto e, talvez por isso, também consigo abrir portas e sentar-me em cadeiras sozinha. Não precisa de ter um castelo ou uma mansão com piscina. Mas se tiver... não o mando embora, dou uns mergulhos na piscina e peço-lhe um mapa do espaço. Pode ser que nos encontremos a meio do caminho (dizem que é onde os amantes se devem encontrar - no caminho um para o outro). Não quero que me conduza. Só às vezes. Podemos partilhar. No carro como na vida, gosto de conduzir.

Não quero um príncipe que pareça bonito no papel das histórias de encantar. Esse, pode ficar para a Cinderela. Quero alguém real, com tudo aquilo a que tenho direito, o bom e o mau. Alguém que goste de mim. Alguém que queira cuidar de mim... Atenção! Eu não preciso que ninguém cuide de mim! Mas não o posso impedir de o querer... Quero aquilo que quero! E não me hei de contentar com absolutamente mais nada. É que esta princesa sabe bem o quer... e não é o príncipe encantado.

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