segunda-feira, setembro 07, 2009

Às vezes ainda sinto o travo amargo na minha boca
de te perder
e volto ao dia
à hora
ao minuto
ao segundo
em que percebi que eu já não era tua
tu já não eras meu
e o mundo já não era nosso.
É como ácido que me corrói
e que
por muito que o engula
que o empurre
que o ignore
volta sempre
para me queimar
para me lembrar
o que nós já fomos
o que já não somos.

Às vezes ainda sinto aquele travo amargo na minha boca
e quase que te sinto por momentos
daquela forma que não quero sentir
como se não tivesse valido a pena
como se não tivesse sido nada
quando fomos mais do que tudo.

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