
A página em branco deita-me a sua língua branca de fora e faz pouco de mim.
"Aqui podias escrever!"
"Aqui podias criar!"
"Aqui podias tentar!"
"Aqui podias tudo ser!"
"Aqui podias sonhar!"
"Aqui podias-te encontrar!"
"Aqui podias-te perder!"
"A ti tantos mundos te podia dar...
se ao menos os soubesses receber..."
A página em branco faz pouco de mim falando-me ao ouvido no seu ruído branco.
"Tanto potencial... se eu pudesse dava-te tanto...
mas tu insistes em deixar-me assim, em branco."
Imagem: Miguel Branco, http://www.miguelbranco.com/.
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